Mercado financeiro se frustra com Bolsonaro, mas ainda mantém apoio
Se ainda tinha esperanças de uma agenda robusta de reformas, austeridade fiscal e privatizações daqui até 2022, o mercado financeiro perdeu de vez as ilusões durante a pandemia. A gota d’água em um copo já cheio de mágoas pelo não cumprimento de promessas de política econômica veio há duas semanas, quando o governo ameaçou dar uma pedalada fiscal para financiar o Renda Cidadã, programa de distribuição de renda que é a atual menina dos olhos do presidente Jair Bolsonaro. Ainda assim, o mercado reluta em desembarcar de vez do governo – seja porque a popularidade do presidente tem até crescido em meio à pandemia, seja pela avaliação de falta de opções, até o momento, para se apostar as fichas nas eleições de 2022. “Ninguém, em sã consciência, vai comprar uma briga com um presidente com 40% de popularidade”, definiu um diretor de um grande banco brasileiro ao Estadão. A reportagem